sexta-feira, 17 de maio de 2013

Demissões e "desligamentos" podem se aproximar de 4 mil no Complexo do Açu

Somando todas as demissões e/ou desligamentos (como preferem chamar algumas empresas) já feitas desde que a crise se instalou no Açu, não é difícil chegar à conta de aproximadamente 4 mil trabalhadores.

Da própria OSX em números difíceis de serem apurados e contabilizados é possível estimar em mais de 300 trabalhadores. Da espanhola, Acciona entre demissões de pessoal que retornou ao Nordeste, mais de 500, dos 1.600 que estão de "stand-by" em casa "aguardando negociação com a OSX, se chega a um número superior a 2 mil trabalhadores. Outros mil da ICEC, demitidos, ou a partir de hoje hoje, também em "stand-by". Da AFG, hoje, 140 demitidos. Das diversas empresas de apoio, consultoria, projetos sociais e ambientais, serventia, vigilância, etc.é possível ainda inferir um número de pelo menos 300 trabalhadores.

José Carlos Eulálio, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil

Assim, é possível verificar que a conta entre já dispensados e em vias de dispensa podem passar de 4 mil trabalhadores. Este número bate com o que o presidente do Sindicato de Trabalhadores da Construção Civil do Norte e Noroeste Fluminense, José Carlos Eulálio possui, de que de um total de 8,2 mil trabalhadores, mais de 50% já foram dispensados.

Eulálio informou ao blog que começará em instantes, uma reunião com representantes da Acciona para cobrar uma posição deles sobre a situação das demissões e dos trabalhadores que estão em "stand-by" aguardando as negociações da empresa com o estaleiro da OSX.

Eulálio diz ainda que seu sindicato aguarda também relatório da força-tarefa do Ministério do Trabalho, com auditores de Brasília, do Rio de Janeiro e da região, estão fazendo, a partir de auditoria solicitada pelo sindicato, sobre irregularidades denunciadas nas relações de trabalho dentro do Complexo do Açu.

Do ponto de vista social, para trabalhadores que voltaram para a região apostando no empreendimento e para jovens recém-formados, é lastimável o quadro. A localidade do Açu, segundo moradores, o sentimento de esvaziamento é muto maior agora, do que antes da chegada do empreendimento.

É grave a crise e parece que outras notícias ruins ainda estão chegando. O blog espera confirmar para passar aos nossos leitores e colaboradores.